segunda-feira, 29 de junho de 2009

Para uma kalin (cigana kalon), descendente desse povo, essa é uma hora em que precisamos estar atentos e vigilantes para ouvirmos uma espécie de "cham

Para uma kalin (cigana kalon), descendente desse povo, essa é uma hora em que precisamos estar atentos e vigilantes para ouvirmos uma espécie de "chamado mítico" que a dura realidade planetária está nos fazendo, e, nos unirmos em corpo e espírito com as forças maiores que regem esse universo.

Os Ciganos são "povos das estrelas" e para lá voltarão quando morrerem ou quando houver necessidade de uma grande evacuação. Há milênios eles vem cumprindo sua missão neste Planeta, respeitando e reverenciando a Mãe Natureza, trocando e repassando conhecimento. Eles pregam a necessidade urgente de pisar na superfície desse lindo "planeta água" (símbolo da emoção e da sensibilidade que preenche nossos corações) observando não só a violência praticada contra as minorias, como também os incríveis gestos de solidariedade humana mostrados via satélite ou pela Internet, na mesma velocidade da luz ou do pensamento humano, nessa era de virtualidade nem um pouco caracterizada pelas mais elementares virtudes.

OBS.: Parte deste texto foi retirada de uma Palestra apresentada pela Cigana Sttrada ( do clã Kalon) na 7ª edição do "Encontro para a Nova Consciência", em Fevereiro de 1998, em Campina Grande-PB.

Descobrir os seios em público é comum e natural, mas nenhuma mulher pode mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são merimé (impuras).

Descobrir os seios em público é comum e natural, mas nenhuma mulher pode mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são merimé (impuras). Vem daí a imposição das saias compridas e rodadas para as mulheres, que também são proibidas de cortar os cabelos, e nunca sentam à mesma mesa que os homens. Ironicamente, como praticantes da magia e das artes divinatórias, são elas que cada vez mais assumem o controle econômico da família, pois a leitura da sorte é a principal fonte de renda para a maioria das tribos. O resultado é uma situação contraditória, em que o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o grupo.

As crianças ciganas normalmente só freqüentam até o 1o. Grau nas escolas dos gadjés (não-ciganos), para aprenderem apenas a escrever o próprio nome e fazer as quatro operações aritméticas. A maioria das crianças não vai à escola com receio do preconceito existente em relação a elas. Claro que com o acelerado processo de aculturação, um bom número de ciganos, disfarçadamente, estão freqüentando as universidades e até ocupando cargos de importância na vida pública do país e já chegaram até à Presidência da República. (Washington Luiz e Juscelino Kubitshek).

Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o "sagrado", quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande "madrinha". A celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações. Também para os ciganos tudo na vida é "maktub" (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a Astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos.

Quase todos são devotos de "Santa Sara", que é reverenciada nos dias 24 e 25 de maio, em procissões que lotam Lês Saints Maries de La Mer, em Camargue

Para os ciganos, Sara, santa venerada, possui a pele negra, daí ser conhecida como Sara Kali, a negra. Ela distribui bênçãos ao povo, patrocina a família, os acampamentos, os alimentos e também tem força destruidora, aniquilando os poderes negativos e os malefícios que possam assolar a nação cigana. Seu mistério envolve o das "virgens negras", que na iconografia cristã representa a figura de Sara, a serva (de origem núbia) que teria acompanhado as três Marias: Jacobina, Salomé e Madalena, e, junto com José de Arimatéia fugido da Palestina numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margens do Mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como "Saintes Maries de La Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano.

Quase todos são devotos de "Santa Sara", que é reverenciada nos dias 24 e 25 de maio, em procissões que lotam Lês Saints Maries de La Mer, em Camargue, no Sul da França. Através de uma longa noite de vigília e oração, pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos".

A sexualidade é outro ponto importante entre os ciganos. E, ao contrário do que se imagina, eles têm uma moral bastante conservadora. Alguns mitos antigos falam da existência das mães-de-tribo, que tinham um marido e um "acariciador". Outros falam das gavalies de la noille, as misteriosas noivas do fim de noite, com quem os kakus se encontravam uma única vez, passando desde então, a ter poderes especiais. Mas o certo mesmo é que os ciganos se casam cedo, quase sempre seguindo acordos firmados entre as duas famílias. Não recebem nenhum tipo de iniciação sexual e ter filhos é a principal função do sexo.

São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade.

São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética; honra e justiça; senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema.
O líder de cada grupo cigano, chama-se Barô/Gagú e é quem preside a Kris Romanis (Conselho de Sentença ou grande tribunal do povo rom) com suas próprias leis e códigos de ética e justiça, onde são resolvidas todas as contendas e esclarecidas todas as dúvidas entre os ciganos liderados pelos mais velhos. O mestre de cura (ou xamã cigano) é um Kakú (homem ou mulher) que possui dons de grande para-normalidade. Eles usam ervas, chás e toques curativos. Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças.
O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.
Outro fato que chama a atenção para a provável origem indiana do povo cigano, é a santa por quem nutrem o mais devotado amor e respeito, chamada Santa Sara Kali. Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva.

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos

Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense); e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam.

Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos (para sentirem o nível de vibração energética) e só então é que interpretam as linhas das mãos. A prática da Quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino.

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos.

Os ciganos chegados em Andaluzia no séc.

Os ciganos chegados em Andaluzia no séc. XV vieram do norte da Índia, da região do Sind (atual Paquistão), fugindo das guerras e dos invasores estrangeiros (inclusive de Tamerian, descendente de Gengis Khan) eles encontraram facilidades e estabeleceram-se. Mesmo assim, durante a inquisição católica, vários deles foram expulsos pelos tribunais do Santo Ofício. . As tribos do Sind se mudaram para o Egito e depois para a Checoslováquia, Rússia, Hungria e Polônia, Balcãs e Itália, França e Espanha. Seus nomes se latinizaram (de Sindel para Miguel; de András para André; de Pamuel para Manuel, etc.). O primeiro documento data a entrada dos ciganos na Espanha em 1447. Esse grupo se chamava a si mesmo de "ruma calk" (que significa homem dos tempos) e falavam o Caló (um dialeto indiano oriundo da região do Maharata). Eles trouxeram a música, a dança, as palmas, as batidas dos pés e o ritmo quente do "flamenco", tanto que essa palavra vem do árabe "felco" (camponês) e "mengu" (fugitivo) e passou a ser sinônimo de "cigano andaluz" à partir do séc. XVIII.

Porém de acordo com a Tradição Cigana, a teoria mais freqüente sobre a origem do Povo Cigano, é que após um período de adaptação neste planeta, os ciganos teriam surgido do interior da Terra e esperam que um dia possam regressar ao seu lar. Existem lendas que falam que os ciganos seriam filhos da primeira mulher de Adão, Lilith, e, portanto, livres do pecado original) e por isso eles não aceitam de modo algum ser empregados dos "gadjé" (não-ciganos) e apegam-se a antigas profissões artesanais que caracterizam suas tribos e são ensinadas desde cedo às crianças.

O Povo Cigano é guardião da LIBERDADE. Seu grande lema é: "O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma pequena carroça e a Divindade é o Carroceiro.

Independente de qual fosse seu status, a partir do êxodo pelo Oriente, os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades itinerantes:

Independente de qual fosse seu status, a partir do êxodo pelo Oriente, os ciganos se dedicaram com exclusividade a atividades itinerantes: como ferreiros, domadores, criadores e vendedores de cavalo, saltimbancos, comerciantes de miudeza e o melhor de suas qualidades que era a arte divinatória. Viajavam sempre em grandes carroças coloridas e criaram nomes poéticos para si mesmos.

No primeiro milênio d.C., deixaram o país e se dividiram em dois ramos: o Pechen que atingiu a Europa através da Grécia; e o Beni que chegou até a Síria, o Egito e a Palestina. Existem vários clãs ciganos: o Kalê (da Península Ibérica); o Hoharano (da Turquia); o Matchuaiya (da Iugoslávia); o Moldovan (da Rússia) e o Kalderash (da Romênia). São mais de 15 milhões de ciganos em diferentes pontos da Europa, Ásia, África, América, Austrália e Nova Zelândia. Quase sempre os ciganos eram bem recebidos nos países onde chegavam. Os chefes das tribos apresentavam-se de forma pomposa, como príncipes, duques e condes (títulos, aliás inexistentes entre os ciganos). Diziam-se peregrinos cristãos vindos do Egito e, assim obtinham licença das autoridades locais para se instalarem.

Ao contrário do que muitos pensam, o Povo Cigano é que foi perseguido, julgado e expulso ao longo do seu pacífico caminhar. Na Moldávia e na Valáquia (atual Romênia), os ciganos foram escravizados durante trezentos anos; na Albânia e na Grécia pagavam impostos mais altos. Na Alemanha, crianças ciganas eram tiradas dos pais com a desculpa de que "iriam estudar", enquanto a Polônia, a Dinamarca e a Áustria puniam com severidade quem os acolhesse. Nos países baixos inúmeros ciganos foram condenados à forca e seus filhos obrigados a assistir à execução dos pais para que assim aprendessem a "lição de moral". Apenas no país de Gales eles tiveram espaço para manter parte das suas tradições e a língua.

A História do Povo Cigano II

A História do Povo Cigano II

O fato do Povo Cigano não ter, até os dias atuais, uma linguagem escrita, fica quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que se disser a respeito de sua origem está largamente baseado em conjecturas, similaridades ou suposições.

A hipótese mais aceita é que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antiga, num tempo que também se supõe, como muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Compara-se o sânscrito, que era escrito e falado na Índia (um dos mais antigos idiomas do mundo), com o idioma falado pelos ciganos e encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado. E assim, os Ciganos são chamados de "povos das estrelas" e dizem que apareceram há mais de 3.000 anos, ao Norte da Índia, na região de Gujaratna localizada margem direita do Rio Send e de onde foram expulsos por invasores árabes.

Outros pontos também colaboram para que esta hipótese seja reforçada, como a tez morena comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas, e princípios religiosos como a crença na reencarnação e na existência de um Deus Pai e Absoluto. E com respeito à suas crenças, tanto para os hindus como para os ciganos, a religiosidade é muito forte e norteia muito de seu comportamento, impondo normas e fundamentos importantes, que devem ser respeitados e obedecidos.

Depois de vagarem pelas Terras do Oriente, os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo. Essa invasão foi uma das únicas na história da humanidade que foi feita sem guerras, dor ou derramamento de sangue. O que não se sabe ainda é se esses eternos viajantes pertenciam a uma casta inferior dentro da hierarquia indiana (os parias) ou de uma casta aristocrática e militar, os orgulhosos (rajputs).

Bebes Ciganos

Bebes Ciganos

Todas as pessoas possuem um nome próprio através do qual são conhecidas pelos demais. Este nome é devidamente registrado em cartório na denominada certidão de nascimento, que é o primeiro documento que identifica um cidadão. Na cerimônia católica do batismo este mesmo nome será repetido pelo padre ou oficiante, ficando a partir deste momento o bebê devidamente identificado perante as leis dos homens e as leis de Deus, uma vez que o batismo é um sacramento obrigatório para todo cristão católico.
Até ai, em nada é diferente um cigano e um não-cigano, pois os bebês ciganos atualmente também são registrados em cartório e levados a pia batismal. Contudo, os ciganos possuem além do nome oficial, um outro nome absolutamente secreto, que é escolhido por sua mãe e soprado em seus ouvidos nos primeiros, instantes após o nascimento. Este nome secreto somente será conhecido pela sua mãe, não sendo registrado ou comentado com ninguém. A própria pessoa nunca saberá qual é este nome mantido em total sigilo, unicamente por sua mãe. Então, qual o valor deste nome ou para que ele serve? O Povo Cigano acredita que este nome secreto é a ligação espiritual entre a mãe e seu bebê e sempre que ela precisa apelar as forças divinas em favor de seu filho ou filha usará este nome secreto nas suas invocações. É importante frisar que este nome somente é usado para situações bastante difíceis ou complicadas para a criança, em especial apelos em favor de proteção. Ele nunca é usado displicentemente, por brincadeira ou para apelos banais, e morre junto com a mãe cigana.

Os pais Rom são considerado extremamente permissivos na criação de seus filhos, de acordo com os padrões não-Roma.

Os pais Rom são considerado extremamente permissivos na criação de seus filhos, de acordo com os padrões não-Roma. Isto não significa que os anos que se segue sejam fáceis. O rigor e as dificuldades na existência dos Roma tornam as crianças fortes. A criança possui um lugar especial no seio da família, adorado e guardado por seus pais. É responsabilidade de todos na família ajudar a cuidar da criança. Ele ou ela aprende e realiza suas habilidades de seus pais, primeiro como um processo de imitação e finalmente ajudando os seus pais no que for preciso. Muito também é aprendido na observação da comunidade de jeito Rom de viver.

E somente outras mulheres, e nunca o marido ou outros homens, podem proteger a mãe por causa de sua condição marimé.

E somente outras mulheres, e nunca o marido ou outros homens, podem proteger a mãe por causa de sua condição marimé.

O batismo acontece algumas semanas ou alguns meses depois do nascimento, mas é mais comum entre duas a três semanas. Durante este período a mãe e a criança são isoladas da comunidade. Antes do batismo o nome da criança não pode ser pronunciado, ela não pode ser fotografada e em alguns casos o rosto da criança não pode ser mostrado em público. Este período não termina até o batismo quando as impurezas são lavadas pela imersão na água. Esta é a prática mais freqüente de lavar a criança em água correte, um ato separado de qualquer batismo subseqüente. Depois de lavá-la, a criança é massageada com óleo para fortalecê-la. Em alguns casos, amuletos ou talismãs são usados para proteger o bebê de espíritos malígnos.

Depois da purificação pela água, o bebê formalmente se torna um ser humano e pode então ser chamado pelo nome. Este nome, estretanto, é apenas um dos três que a criança levará por toda a sua vida. O primeiro nome dado permanece um segredo para sempre. A Tradição entende que este nome é sussurrado pela mãe, a única que sabe na hora do nascimento e este nunca é usado. O propósito deste nome secreto é para confundir os espíritos sobrenaturais e afastar a verdadeira identidade deles. O segundo nome é um nome Roma, aquele usado entre ele, os Rom. Este é conferido informalmente e usado somente entre eles. O terceiro nome é dado em um segundo batismo e ocorre de acordo com a religião dominante do país onde a criança nasceu. Este tem pouca importancia para os Roma e é somente uma necessidade prática para ser usado quando em contato com os não-Rom.

Não é porque elas pensem que irão receber

Não é porque elas pensem que irão receber um tratamento melhor, e sim porque desse jeito elas não irão manchar as suas casas. É permitido dar uma assitência ao parto se este acontece fora de um hospital, indicado por uma parteira, ou possivelmente por alguma outra mulher que tenha a experiência da maternidade.

Existem uma variedade de rituais que devem preceder o nascimento. Um ritual em algumas tribos envolve o desatar de certos nós para que o cordão umbilical não corra risco de ter um nó. Algumas vezes todos os nós nas roupas da gestante são desfeitos ou cortados. Outras vezes, o cabelo da gestante será solto se estiver preso com um pino ou amarrado com uma fita.

À nova mãe é permitido que toque somente objetos essenciais durante os meses de quarentena. Os objetos que ela toca, tais como utensílios para cozinhar e para comer ou lençois, se tornam impuros e mais tarde eles são destruídos. Apesar de tudo isto terminar com o batismo do bebê, algumas tribos são excessivamente cautelosas. Para estas tribos, ainda levam de dois a três meses até que a nova mãe possa se aproximar de seu marido ou retomar suas tarefas domesticas sem o uso de luvas.

Outros rituais simbólicos envolve o reconhecimento formal do rebento por seu pai. Em algumas tribos Roma, a criança é embrulhada em faixas onde tem algumas gotas do sangue paterno. Em outros casos, a criança é coberta com uma peça de roupa que pertança ao pai. É tradicional em outras tribos a mãe colocar o bebê no chão. O pai a apanha e coloca uma tira vermelha em torno de seu pescoço, reconhecendo assim que a criança é sua.

Em algumas tribos a mãe não pode ser vista por homem algum, exceto o marido, até o dia do batismo. O marido enfrenta restrições também. Ele fica proibido de sair entre o por do sol e o nascer do sol para ficar longe de espíritos malígnos, chamados tsinivari, que podem atacar a criança durante a noite. Estes espíritos malígnos atacam a mão também

Nascimento

Nascimento

O nascimento de uma criança na família é um evento muito especial. Uma criança nova confirma a continuação da linha familiar e acrescenta respeito a esta. Apesar de famílias grandes ser comum entre os Rom, nem todos os Roma possuem famílias grandes. O anuncio da vinda de uma criança requer certos costumes a serem observados para a introdução de um bebê saudável na família.

Regras rígidas começam a ser observadas no momento da gravidez antes do nascimento em si de uma criança Rom. A maioria dessas regras são baseadas na crença de que a mulher é marimé, ou impura, durante a gravidez e por um período depois do nascimento da criança até o seu batismo. Quando uma mulher se certifica de que está grávida, ela conta à seu marido e às outras mulheres na comunidade. A gravidez assinala uma mudança em seu status no grupo. A gravidez significa que a mulher é "impura" e deve ficar isolada o tanto quanto possível de toda a comunidade. Ela é cuidada somente por outras mulheres na comunidade. Apesar dela continuar vivendo em casa, seu marido pode passar somente poucos períodos de tempo com ela durante a gravidez. Normalmente ele assume as tarefas domésticas quando ela não é mais capaz de fazê-las.

A partir do nascimento, um Rom está sujeito 'a leis e costumes desenvolvidos por séculos e expressados pela Romaniya. Enquanto a severidade de muitas das leis tradicionais vai diminuindo com o tempo, traços delas ainda permanecem. Estas leis variam de tribo para tribo e de país para país. A vida dos Rom é uma vida dura, de constante exposição e perambulação de lugar para lugar. Por estas razões, a severidade tem sido essencial para sua sobrevivência, e rituais severos podem ser observados no momento do nascimento.

Tradicionalmente, o nascimento não pode acontecer na casa da família, seja uma tenda ou um vagão; porque se tornaria "impura". Por causa disto, um número cada vez maior de mulheres Roma preferem deixar o acampamento e suas casas para dar a luz em um hospital, apesar de seus desdém pelo jeito não-Rom de vida.

A integração

A integração e a assimilação dentro da sociedade gajikane tem ameaçado a preservação dos costumes e tradições Roma. A habilidade Roma de se adaptar a novos ambientes para sobreviverem te msido responsável pela perda de muitos costumes esquecidos no tempo. A compreensão destas ameaças pode prevenir maiores perdas dos costumes e tradições de uma cultura única e antiga.

Vários grupos ou nações Roma referem-se como Roma, ou Rom.


Vários grupos ou nações Roma referem-se como Roma, ou Rom. Entre eles estão as nações da velha Europa como os Kalderasha, e outros, como os Roma da Alemanha.

"Singular masculino “Rom”, plural “Roma”; feminino: “Romni” e “Romnia”. Apesar disto, como fazem muitos outros autores europeus, a seguir sempre escreveremos “os Rom” e não “os Roma”; da mesma forma “os Calon”, “os Sinti”, etc. Até os ciganólogos brasileiros chegarem a um acordo sobre a grafia das (auto)denominações ciganas, aplicaremos também para elas a "Convenção para a grafia dos nomes tribais" (indígenas), aprovada na 1a. Reunião Brasileira de Antropologia, em 1953, e segundo a qual "Os nomes tribais se escreverão com letra maiúscula, facultando-se o uso de minúscula no seu emprego adjetival", e "Os nomes tribais não terão flexão portuguesa de número ou gênero, quer no uso substantival, quer no adjetival." (Revista de Antropologia, vol. 2, no. 2, 1954, p. 150-152).

Na língua Rromani, a auto-identificação envolve a palavra "Rrom." A designação "Gypsy" está relacionada com a velha crença de que os Rroma vieram do Egito, apesar de estudos da língua Rromani no século 18 revelar sua origem Indiana.

E, países de língua não-Inglesa, os Rroma são referidos como Zigeuner, Zingari, Tsiganes e outras variantes do radical da palavra Grega "Atsinganoi," que era na verdade uma seita religiosa no Império Bizantino, não relacionado aos Rroma ainda que atribuído 'a população estrangeira.

Para organizações Rroma e outros grupos de direitos humanos, a designação étnica Rrom (pl. Rroma, adj. Rromani) é uma questão de auto-determinação, auto-identificação. Uma comparação pode ser feita com o povo Inuit da América do Norte que eram chamados formalmente como "Esquimós" - um nome externamente aplicado. O princípio da auto-determinação envolve reconhecimento público e a implementação de seu uso.

Costumes e Tradições Romani

Costumes e Tradições Romani

Quando se fala dos costumes e tradições Romani é preciso explicar alguns pontos importantes que podem clarear fatos aqui apresentados. A maioria das tradições aqui expressas se referem aos grupos Roma da velha Europa.
A população Romani sempre foi composta com diferentes grupos étnicos agrupados durante a grande migração inicial da Índia. O povo Romani se formou fora da Índia apesar de vários elementos étnicos terem se iniciado ainda dentro da Índia. Isto é sustentado linguisticamente e cada vez mais com base na história. Por causa da extensiva influência Persa e Greco-Bizantina sobre a Língua Romanes, os membros desta migração que saíam da Índia ficavam nestas áreas por um longo período de tempo para isso ocorrer; e eles , sem dúvidas, também traziam membros dessas populações para dentro da população Romani.

A fragmentação da população Romani ocorreu em maior escala quando de sua chegada na Europa no século 14. Uma vez na Europa, a habilidade deles se ajustarem 'a grupos externos continuou, e em alguns lugares, o elemento Romani era dominante o bastante para assimilar os grupo de fora. Em outros lugares, o elemento Romani era muito discreto para manter sua identidade e foi perdido, enquanto contribuía para o grupo ao qual eles eram absorvidos.

A população Romani tem crescido diferentemente nos diferentes lugares a tal ponto que um grupo pode negar a legitimidade de um outro grupo. Mas todos os grupos mantêm, a um grau maior ou menor, uma barreira entre os que são Roma e os que não são. Desta forma, existem povos Romani que incorporaram um elemento genético estrangeiro substancial de fora da Índia, mas que permanecem, em termos de sua própria percepção, Roma e que falam Romanes.

Os nomes Rom e Roma, ou Rrom e Rroma, são usados aqui em vez das palavras Gypsy e Gypsies ou mesmo Ciganos. Alguns grupos Romani não se dizem Roma, tais como os Romanicos, Gitanos, Kalé, Sinti, Manush, e outros, mas referem a outros grupos como Roma.

Pode-se ouvir

Pode-se ouvir a nítida influência árabe na música flamenca, e também na dança, os movimentos de quadril e expressão de fortes sentimentos e emoções, são de natureza árabe.

Os ciganos acreditam que espíritos e entidades os acompanham no dia a dia. Um artista tem que esperar que um ente se aposse dele e inspire-o para que seja capaz de fazer a arte verdadeira. Este sentimento profundo criou o "canto jondo" na Andaluzia, um canto de tristeza profunda, que se contrasta com o "canto flamenco". O estilo de dança flamenca, com seus movimentos característicos de braços e de tronco, tem uma certa similaridade com a dança clássica persa, como também com a dança moderna da Ásia Central, Enquanto que na dança moderna árabe, os movimentos são centrados na região do ventre e os braços se mantém na altura dos ombros. Na dança flamenca e persa, os movimentos são centrados na região do tórax e é usado o máximo de espaço acima da cabeça para executar os graciosos movimentos de braços e mão.

Em cada país eram chamados por outros nomes:

Em cada país eram chamados por outros nomes:

Luri no Beluchistão/ Luli no Iraque / Karaki ou Zangi na Pérsia / Kauli no Afganistão / Cingan ou Tchingan na Sïria e na Turquia / Tsiganos ou Atsincani na Grécia / Roma ou Sinti na América.

Há mais de 600 anos os ciganos emigraram para a Europa, onde se dividiram em vários grupos:

1- um grupo chegou até a Inglaterra, partindo de Bizanz (Istambul), percorrendo a Sérvia e a Itália.

2- outro grupo se dividiu deste no norte da França e foi de Paris até o norte da Espanha

3- outros se espalharam pela Moldávia até a Rússia

4- outros foram para o Egito e de lá para a Andaluzia

Tanto o povo cigano como o andaluz eram um orgulhosos por manter suas tradições. Eram muito individualistas e leais à instituição familiar. Assim nasceu a sociedade do flamenco. Esta palavra "flamenco" designava ciganos, pessoas sem posse de terra, derivado do árabe das palavras "fellahu" e "mengu", que significava "o camponês errante". A sociedade espanhola associava a esta palavra os ciganos, ou o estilo de vida cigana. Tal estilo incluía a arte da música flamenca, a dança e a tourada.

Como os ciganos eram intrusos no país, muitas leis foram feitas contra eles. Entretanto, a inquisição espanhola nunca conseguiu provar nada contra, se tinham uma religião ou não, pois eles eram espertos. A cultura dos ciganos é tida como uma cultura de estranhos e geralmente imagina-se um povo alegre e feliz, mas a música que tocavam entre si era muito trágica, triste e vingativa., pois sua vida real só era manifestada entre eles. Para o mundo de fora, só cantavam músicas alegres, que é o que se esperava realmente. Tinham uma vida difícil e tentavam ganhar dinheiro de todos os modos. Assim, aproveitavam as apresentações de música e de dança por todos os lugares que passavam, levando seus ritmos e músicas que mesclavam-se com os da cultura local. Desta forma, foram trazidos ritmos indianos mesclados com melodias islâmicas para a Andaluzia. ...

Dança Cigana II


Dança Cigana II

Os ciganos adoram dançar. A dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a dura vida de cigano. Desde criança os ciganos ouvem e dançam as seguidillas, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons tradicionais - produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas da kumpania (acampamento).

Não existem ciganos profissionalizados através da dança cigana e sim aqueles que fazem apresentações apenas para divulgar esse lado tão belo e cheio de magia dessa tradição que a todos fascina.

A dança cigana não é portanto, encarada como um ofício pelos ciganos. Montagens de balé e de óperas (como Carmen, de Bizet) são representadas por profissionais de balé não-ciganos (gadjes). Ciganos não freqüentam academias nem aulas de dança, pois quando dançam, o fazem com a alma, o coração e os movimentos naturais do corpo, sem nenhuma coreografia pré-concebida.

Como diz Niffer Cortez (uma das poucas dançarinas ciganas) "Marcar uma coreografia, para o cigano, é prende-lo; é não dar liberdade para os seus movimentos". Por outro lado, a Bibi Esmeralda (chefe do Grupo Kalemaskê Romae, de Pirituba/SP), é uma Puri (avó) de 65 anos e dança como uma jovem de vinte. Se a colocassem dentro de uma coreografia, com certeza, cortariam grande parte da emoção espontânea e do inestimável encanto que ela nos transmite quando dança com toda a sua desenvoltura, arte e beleza.

A história da dança oriental está intimamente ligada à história dos ciganos. Eles vieram da Índia e emigraram até a Espanha, para a região de Andaluzia. O nome espanhol dos ciganos é "gitano". O idioma dos ciganos é o romanês e contém em sua maioria palavras derivadas do antigo sânscrito (conforme pesquisa de Grellman), que era falado no noroeste da Índia. Mas por todos os países que passavam, assimilavam palavras de idiomas locais, por isso encontramos palavras do turco, grego e armênio.
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A cigana

A cigana se casa muito jovem, geralmente ao redor dos quinze anos e deve ser virgem, condição - aliás considerada fundamental para o matrimônio. A virgindade será avaliada pelas mulheres mais velhas, pelas mães dos noivos e pela matriarca do clã no dia do casamento, sendo a mãe da noiva festivamente cumprimentada caso a filha seja virgem como pede a tradição. Se a jovem, o que é muito caro, já tiver tido experiência sexual e não for virgem, será severamente castigada, o casamento desfeito e deverá haver reparação aos pais do noivo. Em razão de tão sérias conseqüências as jovens ciganas se guardam de qualquer contato físico, não permitindo que um jovem ou um homem lhes encoste sequer a mão.
As mulheres casadas também são muito pudicas, não dando liberdade para que qualquer homem as toque ou faça qualquer demonstração de afeto físico. Até mesmo com seus maridos elas são bastante recatadas, em especial em público, pois, os ciganos temem os falatórios maldosos, as más línguas.
Apesar destas atitudes cautelosas tanto as jovens como as mulheres casadas são muito faceiras, insinuantes e provocantes, em particular quando dançam. Elas usam a dança como instrumento de sedução, além da função da dança propriamente dita, ou seja, diversão, demonstração de alegria e parte obrigatória das festividades. Festa de ciganos sem música e dança não é festa, e eles são muito festeiros, não perdendo nenhuma oportunidade de tocar seus violões, acordeons, violinos, cantar e dançar entusiasmadamente agitando pandeiros e batendo palmas, que acreditam ser uma forma de espantar a negatividade, abrindo espaço para a positividade.

A mulher cigana


A mulher cigana

Enquanto o homem representa o esteio e o braço forte da família, a mulher significa o lado terno e de proteção espiritual dos lares ciganos. Ela quem desempenha um dos papéis mais importantes na estrutura da família, o de mãe.
Cabe as mulheres desde cedo cuidarem das tarefas do lar, tornando-o o mais aconchegante e confortável possível, seja o lar paterno, seja o seu próprio com o marido. As meninas ficam sempre ao redor da mãe auxiliando nos trabalhos de casa, ajudando a cuidar dos irmãos menores e aprendendo as tradições e costumes como execução da dança, a leitura das cartas e das mãos, a realização dos rituais e cerimônia, os preceitos religiosos.
A mulher cigana tem seu lado feminino marcadamente atraente, colorido e sensual. Aliás, quando pensamos em ciganos, a primeira imagem que nos vem à mente é a destas mulheres vestidas com roupas longas e cheias de cor, de cabelos escuros apanhados por lenços coloridos, muitas jóias ao redor do pescoço, dos punhos e argolas de ouro penduradas nas orelhas.
A mulher cigana deve saber cozinhar, cuidar da casa, dançar, dirigir as cerimônias e rituais e saber ler a sorte. Ela deve ser de preferência bonita, ter encantos e ser dotada de atrativos. Caso ela não reúna estes elementos terá pouco valor e talvez somente case se houver algum tipo de convêniencia para o pai do noivo, como ter um pai influente, rico ou com poder de liderança.
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A dança cigana


A dança cigana

Ao dançar os ciganos expressam sentimentos de alegria, poesia, romantismo e felicidade.
Os ciganos adoram dançar. A dança nascem com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a vida. Desde criança os ciganos ouvem dançam, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons tradicionais- produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas da kumpania ( acampamentos).
Os ciganos mantém na memória o mundo mágico das eternas caravanas que deixaram marcas nas estradas de muitas vidas.
Eles não freqüentam academias, nem aulas de dança, pois quando dançam o fazem com a alma, o coração que suplanta toda e qualquer norma ou regra, os movimentos são naturais do corpo, sem nenhuma coreografia. A dança é uma alegria contagiante e uma vivacidade única.
Não podemos falar que existe uma dança cigana, mas uma forma de dançar do povo cigano, que é leve, livre, criativa, insinuante e cheia de ardor e calor humanos.

Para o Povo Cigano

... Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligações com: o "Sagrado" quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande "Madrinha". A celebração da lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, com dança e orações. Também para os Ciganos tudo na vida é "Maktub" ( está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos Astros. Os Ciganos praticam a Astrologia da mãe terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos. Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter a oportunidade de conhecer a História deste Povo tão querido, alegre e tão cheio de energia. E agora quero agradecer por está aqui passando todas estas informações.
..Diz o mito que a barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, as margens do mediterrâneo, que por sua vez ficou conhecido como " Saintes Maries de la Mer", transformando-se desde então num local de grande concentração do Povo Cigano. Santa Sara é comemorada todos os anos, nos dias 24 e 25 de maio, através de uma longa noite de vigília e Oração, pelos Ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, e flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo símbolo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos". Os Ciganos geralmente se reúnem em Clãs para festejar os ritos de passagem: o nascimento, a morte, o casamento e os aniversários. Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças. Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu código de ética; honra a justiça; senso; sentido e sentimento de liberdade que contagia e incomodam qualquer sistema. Porem a comunidade cigana ama e respeita a natureza, os idosos e todos os membros do grupo educam as crianças de todos, dentro dos princípios e normas próprios de uma tradição puramente oral, cujos ensinamentos são passados de pai para filho ou de mestres para discípulo, através das estórias contadas e das músicas tocadas em torno das fogueiras acessas e das barracas coloridas sempre montadas ao ar livre( mesmo no fundo do quintal das ricas mansões dos ciganos mais abastados). ...

História do Povo Cigano


História do Povo Cigano

O grande lema do Povo Cigano é: " O céu é meu teto; a terra é minha patria e a liberdade é minha religião", traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cercadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas.
Em sua maioria, os ciganos são artistas ( de muitas artes, inclusive a arte circense) ; e eximios ferreiros, fabricandoseus próprios utencilios domésticos, suas jóias e suas selas. Os Ciganos sempre levaram uma vida muito simples, fabricando tachos, consertando panelas, vendendo cavalos ( atualmente vendem carros) fazendo artesanato ( principalmente em cobre o metal nobre desse povo) e lendo as cartas ciganas para ver a " buena dicha" ( boa sorte). Na verdade cigano que se preza, antes de ler a mão, lê os olhos das pessoas (os espelhos da alma) e tocam seus pulsos ( para sentirem o nível de vibração energética) e só então que interpretam as linhas da mão. A prática da quiromancia para o Povo Cigano não é um mero sistema de adivinhação, mas, acima de tudo um inteligente esquema de orientação sobre o corpo, a mente e o espírito; sobre a saúde e o destino. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seu ciclos naturais e sua força geradora e provedora. Mitologicamente o Povo Cigano está ligado à Kali a deusa negra da mitologia hindu, associada a figura de Santa Sra, cujo mistério envolve o das "virgens negras", que na iconografia cristã representa a figura de Sara, a serva ( de origem Núbia) que teria acompanhado as três marias: Jacobina, Salomé e madalena, e , junto com José de Arimateia fugido da palestina numa pequena barca, transportando o santo Graal ( o cálice sagrado) , que seria levado por elas para um mosteiro da antiga Bretanha. ...